crescem em mim
dentes
de morder batom
checo a lista de quartos que estalam quando se entra:
equivo-os, todos
a porta de casa tem um cheiro esticado
de dias de meio de mês.
ela murmura, sorrindo
onde vais, tão cedo?
reconheço as pernas douradas da rua
e beijo a porta até sair sangue
sangue cheiroso
com o cheiro da tv rezando
por suas muletas de bronze
que carregam o hoje para o inferno
roubar tijolos do apartamento de bonecas
onde o almoço é comido pelas moscas
um ônibus ocupado
sendo uma Ferrari
cospe nos meus pés
meu prazer se confirma
numa garrafa pegando fogo
e o óleo diesel dos teus cabelos
estou fungando extasiado
dou grama ao mágico
pinto-me de rosa
torturo meu colchão
com lágrimas de vidro
Um comentário:
tortura o seu colchão, adorei
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