(tema para uma vanguarda sem nome)
éramos dois: mas éramos tantos!
bebíamos vinho e líamos baudelaire
quanto não rimos dos outros, hein?
quanto não... acabou.
éramos dois: mas éramos um!
inventávamos muito, sozinhos e fáceis
impressionávamos: grande profusão
construímos poderosos castelos de.. cartas.
éramos dois: éramos zeros
velhos desculpando-se e coçando-se tudo
se aos vinte o rimbaud nem morria mais
nós só cuspíamos fumaça e praguejos secos..
éramos dois: dois estranhos
quando com tempo vazamos olheiras
e não soubemos mais ser dois de novo
o aqui afundando longe, cadê?
éramos dois: não éramos
personagens de personagens de personagens
as paredes apagadas provando
que nada vingava, e tudo era ido
éramos dois: éramos.
quando chegar ao fim
as águas vão tomar tudo
e as avós levarão o resto.
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