quão adoroso estar-se em meio a uns tantos ditos musicistas
tão doído neste desacordo, desarmonioso
amando tonto a espécie inocente de belicismo blasfemo,
quando cada um quer sempre transbordar nos outros
invadir-lhes a melodia água com mil notas úmidas, erradas
enfogueando muito a quase calor, e derretem nuvem;
mas os ouvidos afogando sob a torrente de vapores sons
quase sabendo se gritar é minúsculo (e, portanto, sempre)
envolvido nas marés infinitas de tempestade e destruição
neste país chamado olho de furacão, olho lindo de plenitude;
o coração gosta aí a gastar-se bonitamente, linguajeando
pois que ama-se infiltrado, enxertado voyeurista,
metido pés nas mãos, acoplado a esta máquina impossível
esta máquina primitiva da criação exagerada rítmica
composta muita de mil peças primas, lembrando locomotivas
em que os instrumentos cuspem rodas dentadas mágicas,
zumbindo um motor de vapor e fogo tossidas,
escoiceando soluços gagos de fumaça eco, ressoante;
nesta terra mora então o tal tanto desprendimento nu:
que as brisas marinhíssimas do improvisismo sábio
nos 'rancam vestes e telhados sustos
limpando-nos as gargantas desafinadas de sussurro
para sairmos divagueando vagos e múltiplos
todos impossíveis surdos e inconfusos
no meio da balbúrdia e do marulho, ali sim:
no excessivismo cantado, neste nascer fecundo,
reinará algo chamar-se-á música espelhará novo bonitará som. |
2 comentários:
caraca, eu gostei muito mais, ficou tão mais claro, mais bonito até;)
foda!
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