nem garfadas nem garbruxas, um leito de almafadas e alfáceis úlmidas
almafácida, como algema de ovo
algemidos de gelar o osso
um tecido almofadado, calmo, clamufado - clamores abafadados
fada da alma, féerica alma da almofada, alfado da almoface
algumofada bruxa da broxada, minha ochecha echonchuda
plantei alface mas deu difíce
fácil fécil fícil ou difícil? misturado, difácil e físsil
um apartamento lá no fundo da terra
era estação de sismos então máquina do tempo e tudo
cheia de monstrinhos de outra imaginação
você descia por uma hora, um tempo grande
com a chuva já era frio e cheio de rios e mergulhos
(engraçado não ter lembrado jules verne)
lá embaixo tomar banho quente, uma casa num lago raso, piscina e bom
era estação de sismos então máquina do tempo e tudo
cheia de monstrinhos de outra imaginação
você descia por uma hora, um tempo grande
com a chuva já era frio e cheio de rios e mergulhos
(engraçado não ter lembrado jules verne)
lá embaixo tomar banho quente, uma casa num lago raso, piscina e bom
anuncio o cio, negocio
anuncie o cio
a saia anseia a sua ânsia, o cio cia
esse sinal sem seio
o seu asseio
a saia anseia a sua ânsia, o cio cia
esse sinal sem seio
o seu asseio
- Cadê o chiclete? Tem mais um?
- Você chupou!
Andam um pouco, pirracentos
- Esse chiclete tem pimenta!
Três garotinhos vêm subir a mangueira carregada que dá sombra às mesas da lanchonete. A mãe lhes deu, a cada um, um pacotinho colorido de salgados, e eles escolhem orgulhosos o galho onde vão comer.
- Melhor subir sem chinelo! Você vai subir sem chinelo?
- Você chupou!
Andam um pouco, pirracentos
- Esse chiclete tem pimenta!
Três garotinhos vêm subir a mangueira carregada que dá sombra às mesas da lanchonete. A mãe lhes deu, a cada um, um pacotinho colorido de salgados, e eles escolhem orgulhosos o galho onde vão comer.
- Melhor subir sem chinelo! Você vai subir sem chinelo?
curvo-me ante a beleza da anarquia de outrora
era real nestes campos da palavra
quem sabia, eu acreditava
agora vejo invejoso
me rôo de gula ante a fábrica imersiva de outrora
os dias dedicados à simples brinca
sem privilégio aos outros, sem submissão
a palavra livre a correr como espada de uma liberdade perseguida
hoje vejo espuma sair-me
tão viciado nas colagens, no redito
só posso sonhar um dia voltar ao já escrito
só posso sonhar - que hoje eu tanto construo
tento criar um mundo, sair lá fora
e mudar
antes tão verdadeiro
hoje eu odeio de haver o dinheiro, mas não lhe cedo
não me curvo e permito que outros mo dêem
não, eu plantarei meu próprio dinheiro
engolir a revolução para que ela frutifique nos outros
a revolução deve ser interna e externa
a revolução nasce nas varandas
na sacada do primeiro andar
não se basta num quarto dentro de um quarto dentro de um quarto
num computador
a revolução acontecerá e na palavra só restarão suas pegadas
era real nestes campos da palavra
quem sabia, eu acreditava
agora vejo invejoso
me rôo de gula ante a fábrica imersiva de outrora
os dias dedicados à simples brinca
sem privilégio aos outros, sem submissão
a palavra livre a correr como espada de uma liberdade perseguida
hoje vejo espuma sair-me
tão viciado nas colagens, no redito
só posso sonhar um dia voltar ao já escrito
só posso sonhar - que hoje eu tanto construo
tento criar um mundo, sair lá fora
e mudar
antes tão verdadeiro
hoje eu odeio de haver o dinheiro, mas não lhe cedo
não me curvo e permito que outros mo dêem
não, eu plantarei meu próprio dinheiro
engolir a revolução para que ela frutifique nos outros
a revolução deve ser interna e externa
a revolução nasce nas varandas
na sacada do primeiro andar
não se basta num quarto dentro de um quarto dentro de um quarto
num computador
a revolução acontecerá e na palavra só restarão suas pegadas
o que ouve no ouvido
a tua testa me testando
os pés pesados me pisando
peitos pintados me peitando
a tua pele, pelada, pelando
não me queixo
olho o olho
(toda língua passa pelo corpo)
a língua do linguado
e ela na goela
coloração
linda coração da cor
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