they tell me

a fina flor da madrugada
o deleite puro do estar consigo
que vida bela sonho em estar aqui
a sensação boa de realização
o som das teclas pulsando sob meus dedos
reencontrar uma paz de dar ao mundo o que ele pede de mim
e quitar esse desejo imenso que vem de fora
e então estar livre
para ficar teclando
e dançando
radiohead
ouvindo o mesmo cd
e balançando 
curtindo demais o baixo
e as vozes
e escrevendo tonto
quantos anos depois?
vício do número (eu gosto)
sem nunca entender a letra hahaha
(a própria livi falou ah então andré tu és esse cara que dinamita uma ação coletiva põe as pessoas pra trabalhar e eu fiz mwahahaha. que coisa boa ter atraído ela.
isso que o joão vaz bêbedo disse: tu és o nosso líder
eu puto da vida (apaixonado ele disse) atacando com erros e insatisfação
acreditando as questões serem urgentes)
que pessoa eu sou né? 
acredito muito em enfim manter esse bastião sagrado
esse lugar só meu e do meu entorno
minha intimidade muito sincera
odiar demais o palco
e a fama
e enfim ainda assim aceitar, usar, mas mantendo um diabo vivo
isso não é o caminho, gente
foi tão louco ler paulo freire ontem. e não citar nominalmente por achar piegas
mas ficar lendo e me inspirando e pensando. e usar os termos educação popular, comunicação popular. tentar usar os conceitos na prática: exibir preocupações com que as pessoas não estão acostumadas
trazer um debate universal e metafísico para uma realidade que as pessoas não esperam, acostumadas com o dia a dia mesquinho da vida pequena
e eu invocando deuses
como um mago
um mago endiabrado que se sabe mero canal de deuses
e consegue conjurar o fantasma do ego
e trazer o canal de energia suprema
o fluxo de vida forte que jorra ao ser atravessado
quando eu te amo e você me ama somem sujeitas e só sobra (soçobra) o verbo
(cuspindo rapé, escrever cuspindo e tomando cachaça)

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