texto-raiz (publicação póstuma em 21/09)

sim! eu me perco!
descrever é mergulhar em um mar líquido, um mar de líquidos labirínticos, feito de correntes duras como paredes, que guardam em seu fundo um minotauro.
quando eu sonho que vôo, eu nado. meu ar é feito de água, porque no sonho passo nadando.
se os gregos imaginavam seus deuses respirando éter, nadando em ar e andando em água;
eu respiro água, nado em pedra, ando em mim mesmo. sou uma planta!
sou pelo texto subterrâneo
texto-raiz, aprofundando em todas direções atrás de água

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