fósforos acendem e apagam
no escuro
mergulhos em pântanos
estrelas cadentes me desejam, intermináveis
em noites de nunca
o céu sabe desenhar em meus olhos
lábios travestidos dum neruda
como batom castelhado, poe-ta
e as árvores chovem feitiços
e nao posso mais fumar
hoje é sempre e nunca, para tantos dias que nem já conto
descer num labirinto de diários e memórias inventadas
meu navio de planos
meu leve aeroplano
que voar por dentre as coxas sensuais
do mundo
quanto falta
a agarrar nas âncoras firmes e inertes
rio de janeiro?

Um comentário:

Nara Iachan disse...

adorei! suas poesias são muito boas!