das artes boas que sejam simples estruturas de ritmo,
e início em suas velocidades calmas, fáceis,
a recolher os mínimos pingos de alma espalhados pela preguiça,
atrair atenção mesmo das mais velhas e duras;
e pô-las todas no trem:
o início um capitão que manda todos entrarem e prestarem culto,
prepararem-se com cintos de segurança (e sem saídas de emergência) para a viagem que então começa;
a metáfora muito feliz da locomotiva saindo da estação (cafécompãocafécompão)
em sua batida rítmica acelerativa (mas inda um tanto caótica)
em seu martelar que lembra tanto o pulsar das metralhadoras e das máquinas de escrever.
ENTREM TODOS! e arte então um impulso avassalador,
daquelas avalanches monstruosas que se nos fazem pôr-nos a correr,
em pânico,
em prazer,
em sem-sentimentos - pura velocidade.

Um comentário:

Vitor Barbarisi disse...

SEM SENTIMENTOS - PURA VELOCIDADE
vou pensar nisso