um crime e
luto pela imaginação
luto

lição infinita
os naufrágios devem ser impetuosos
certeiros; não deve sobrar destroços bóias
remos ou esperanças e fantasias de 'terra, um dia'
terra, é sempre miragem

esquecer tudo e afundar, límpido
o real é o de menos
viva a realidade onírica do mar
entrincheirar-nos em palavras
lançar, atirar, jogar granadas uns nos outros
desenhar nos rostos ou pulsos trombetas
fantasia de muito-além
e nada mais.

o final do filme
do show de striptease
ou da porra da vida
não interessa

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