ares febris de cão
e gravar os dentes em teu travesseiro
rasgar lençóis, abocanhando
latindo
só um rubor doce te invade,
mil
sonhei despir teus olhos bambos
de tanta frieza -
acordo trêmulo, os dentes secos
o gosto amargo dos teus resfriados fingidos,
quando te finges distante
não -
só posso chamar-me canino
farejando pistas
mastigando meias
ganindo
minhas brutas patas beliscam
até decorar teus contornos
correr meu focinho em teus grãos de beijo
e trair tuas mordidas;
só posso chamar-me canino.

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