os mais sábios devem chegar, à noite, com suas luvas de aço:
agarrar as idéias pelo pescocinho, ir apertando, apertando,
"cospe!" eles berram "cospe!"
e mais tarde anotam em seus caderninhos os gemidos-falsos;
e se vão, sem nem pegar o telefone.
ordenham-nas só para dizer que trepam (em torturas)
quando nem lhes agarram as coxinhas, nem acariciam os cabelos
e as idéias órfãs, tadinhas
ficam tão desmilingüidas..!
queriam mordidinhas na nuca metafísica
e soprinhos nas orelhas de borda-de-conceito
deviam vir pra cá dançar comigo, beber umas,
que mais tarde estávamos já caindo nas farras e nos amassos
(elas são umas devassas, mesmo!)

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